Quando criança ficava encantando com fotos e imagens mas nunca pensei em aprender sobre fotografia…
Quando adolescente ganhei uma câmera ZENIt
Quando adolescente, ganhei da mãe da minha namorada uma câmera ZENIT (que ela tinha ganho de outra pessoa) semelhante a esta da imagem acima. Era uma câmera fantástica, veio um estojo de proteção muito bacana.
Todo feliz, comprei um filme de 36 poses e fomos visitar as cataratas do Iguaçu, no Paraná.
Como não entendia nada de fotografia eu ‘configurei’ minha nova câmera no ‘B’ – achei legal ‘B’ de Bianco (meu sobrenome) – kkk, é a única explicação plausível para tal ato!
Eu todo feliz, fizemos várias fotos, nas cataratas, na usina de Itaipu, no restaurante… fiz as 36 fotos possíveis.
Em Curitiba, na semana seguinte, a grande expectativa, levar o filme até um loja para revelar o filme a enfim, rever as imagens, afinal Foz do Iguaçu vale a pena guardar as fotos de recordação.
Depois de três dias de espera, voltei à loja para pegar as fotos. Perdi o chão quando o atendente me disse que pouquíssimas fotos haviam sido reveladas naquele filme; mas como assim? Indaguei, perplexo! Ele me mostra o negativo com várias ‘caixinhas’ num tom de cinza mais claro, ao que ele complementa: ‘entrou muita luz’!
Abaixo, as três imagens ‘vencedoras’!
Eu não fazia ideia que aquele (maldito) ‘B’ era o ‘BREVE’ que serve para fazer longa exposições, principalmente à noite ou em condições de baixa iluminação. Que vergonha; que raiva!
Foi o que bastou para me matricular num curso de fotografia no SENAC. Foi um curso fantástico, não só aprendi a fazer fotos, mas também todo o processo de revelação.
Mais tarde, no quartel da 5ª CIA COM (Exército na Companhia de Comunicação) levava minha diminuta câmera (agora era outra – mais simples; acabei por me desfazer da ZENIT) e fazíamos fotos dos treinamentos e exercícios nos acampamentos (isso era uma prática proibida para os soldados). Havia um sargento que era o fotógrafo oficial da CIA; e, teoricamente, só ele tinha a autorização da fazer fotos.
Bem, agora, ele tinha um concorrente e, no começo, nem desconfiava. Ele só percebeu depois que os soldados pararam de comprar as fotos, pois compravam as minhas, por um valor super mais baixo do aqueles que ele praticava. É claro, tive que para com esta prática ou passar alguns dias na cadeia.
Algumas fotos deste período:
Em outro momento, quando trabalhava no Banco Sogeral – (Filial, no Brasil, da Societê Generale da França) entrei como sócio em uma ‘agência de fotografia’; trabalhávamos mais com a produção de fotos para modelos, os chamados na época de ‘Book fotográfico’.
Passado alguns meses comprei a parte de meu sócio, mas não havia da minha parte dedicação exclusiva, pois ainda trabalha no banco e encerrei a empresa.
Mesmo sem empresa, fui para o segmento de fotografia de arquitetura; tinha um amigo e irmão da Igreja que era engenheiro e me contratava para fazer painéis das obras para compor o hall da empresa.
Foi o tempo que mais ganhei dinheiro com a fotografia. Pude trocar de equipamentos e criar mais atenção para a fotografia de forma geral. Trabalhei como freela com o marido de uma amiga do Banco, para fotos sociais.
Em outros momentos, fazia fotos de ‘book’ e festas de aniversários. Comprei uma filmadora (enorme) que era TOP naquela época. Mas, infelizmente, não persisti o suficiente na área (muito concorrida – diga-se de passagem).
Segui fazendo fotos mais agora como Hobby e não penso mais em ter que ganhar dinheiro com fotografia.
Teve um período em que fazia fotos P&B (que eu gosto muito) a revelação e ampliação era no papel fotográfico perolado e pintava cada detalhe com lápis aquarela; veja algumas delas:
Tenho planos de continuar com a prática de fotografia principalmente nas próximas fases da minha.
Tenho projetos sociais que envolvem fotografia, cursos e projetos mais específicos com a cultura indígena.
Gosto mais das imagens com pouca ou nenhuma ‘manipulação’ o que chamam de ‘edição’.
Atualmente, existe um movimento de volta para o analógico (leia o artigo: A banalização da imagem e o retorno ao analógico) por considerar a banalização do digital; eu me encaixo nisso!
Gosto das minhas imagens e seguirei capturando mais imagens pois um dia eu voltarei ao pó e elas ficarão.